A entrevista com Ian Anderson - Parte 1

Não sei se a VIP publicou ou não minha entrevista com Ian Anderson, o cantor / flautista / violonista / compositor / arranjador da banda Jethro Tull. É um grande cara, modesto, inteligente e culto, coisas raríssimas no ambiente do show business. Vou publicar neste blog (por partes) a entrevista que fiz com Mr Anderson por telefone, no dia 24 de abril de 2007. Ele estava num hotel de Curitiba, como parte de sua turnê pelo Brasil.
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Qual o segredo de chegar aos 60 anos e manter toda essa energia no palco?

Eu fui um músico por toda a minha vida. E fazer o que você gosta é bom para o cérebro e para o corpo. É como andar de bicicleta: uma vez que você aprende e gosta, continua fazendo. Além disso tenho pouco envolvimento com álcool e outras substâncias que costumam fazer o estilo de vida de um rock star. Eu termino o que faço no palco e quero sossego. Quando não estou excursionando eu levo uma vida bem tediosa na minha fazenda. Gosto de dormir 10 e meia da noite e levanto com o sol, às 6 da manhã.

Sua formação musical parece ser uma das mais originais do mundo do rock. Como começou?

Eu comecei ouvindo big bands americanas, música folk da Escócia, onde eu nasci, blues e música contemporânea britânica dos anos 60. Na verdade nunca fui exatamente um fã de rock.

Quais foram os flautistas que mais o influenciaram?

Na verdade não muitos. Eu gravei aquela música do Rahsaan Roland Kirk (“Serenade to a Cuckoo”) no nosso primeiro disco. Já toquei com James Galway. E tive uma história triste com Herbie Mann (um dos mais célebres flautistas de jazz) Nós íamos tocar juntos em Albuquerque, New Mexico e eu estava muito animado com essa possibilidade. Pouco antes do show a esposa dele me telefonou dizendo que ele tinha descoberto que estava com câncer de próstata e emocionalmente impossibilitado de comparecer.

(continua)

Comentários

Unknown disse…
Bah cara tu teve a honra de conversar com o gigante Ian Anderson. meus parabéns, e valeu por postar aí permitindo que eu possa ler. Pelo visto não muitas pessoas leram mas não dá nada. São poucos os que sabem da importância desse gênio.

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