Eu e Elvis na Playboy

Saiu minha matéria na Playboy relatando o dia em que eu passei ridículo com uma fantasia de Elvis Presley. Já está nas bancas e a capa é a Barbara Paz. Este é o início da reportagem:

"Minhas mãos tremem e meus joelhos estão fracos. Não sei se me aguento sobre os dois pés. O chão ficou ainda mais longe dos meus olhos. Carrego um mito nos ombros. Visto a roupa do Rei. Estou todo chocado.

Um pouco menos de conversação e um pouco mais de ação, por favor. Olho para a porta do night club, tão longe de Las Vegas, mas tão perto do meu coração que bate ao compasso de Hound Dog. Avanço sobre meus saltos plataforma, e meu manto branco impõe respeito. Uma águia brilha em vidrilhos sobre o peito. Minha fabulosa cabeleira negra brilha a luz do crepúsculo. Não é Memphis. É a zona central de São Paulo. Mas isso não importa, pois o mundo inteiro pertence ao Rei. 50 milhões de fãs não podem estar errados.

Uma criança no colo da mãe aponta seu dedinho na minha direção: “Olha! É o Elvis!”. Não, garoto, eu não sou o Elvis. Elvis Presley, o que distribuía limusines aos amigos, o homem dos quadris incontroláveis que comia sanduíche de banana frita com pasta de amendoim, o homem que orou e saltou de um penhasco em Acapulco e que ofereceu o rock and roll às grandes massas, esse Elvis não sou eu. Sou apenas seu representante no Brasil."

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