No centro do mundo

Lá por 1979 eu tive um generoso convite para ser o novo comentarista de cinema da revista Veja. A experiência durou pouco.  Com meus 26 anos eu não tive estrutura para segurar a barra de escrever na mais exigente revista do Brasil.

Mas foram alguns bons meses, muito ricos em experiências.  E contatos. Na editoria eu cuidava de cinema. O encarregado dos livros era um colega chamado Paulo Nogueira. Eu saí da Veja, ele ficou. Eu fui para televisão, ele virou diretor do grupo Exame.  

Em 1996 mandei um email para o Paulo elogiando o trabalho corajoso e da revista Exame na época.  Começamos uma longa correspondência. Vieram convites para frilas e minha contratação para a revista VIP. Nos nove anos seguintes trabalhamos juntos (quer dizer, ele de chefe) e cometemos umas boas ousadias nas revistas da Abril. Continuamos essa colaboração quando ele foi para a Globo e eu saí da Abril, em 2007. E eventualmente tocamos juntos numa banda de garagem que nunca teve nome nem saiu da garagem. 

O Paulo está agora em Londres escrevendo um blog muito interessante para a revista Época, o Diário do Centro do Mundo.