O Carro segue em frente


No dia 11 de outubro de 2008 fazia frio em São Paulo. Era um sábado e eu já estava de moleton, pronto para uma noite de computador e café. Chegou um email do cineasta Ricardo Pinto e Silva com seguinte frase: "Quer ir ver comigo a peça Carro de Paulista?"

Eu já estava trabalhando com o Ricardo no longa Dores & Amores. Minha primeira reação ao ler o email foi "de jeito nenhum". Estava sem carro, chovia lá fora. Na última hora peguei um táxi e fui ao teatro Ruth Escobar. Encontrei o Ricardo no saguão, entramos na pela - e demos muita risada. Alguns dias depois eu tinha pronto a primeira versão o roteiro para a adaptação do Carropara um telefilme de 50 minutos. O Ricardo apresentou o projeto num edital da TV Cultura, e fomos um dos 4 vencedores.

Hoje completamos exatos 8 meses desde aquele sábado chuvoso e o Carro já está no seu quarto dia de filmagens. Eu particularmente abandonei o velho costume de escrever um roteiro e não me envolver muito com sua produção. Muito pelo contrário. Não só estou participando das filmagens (sempre que posso) como edito um blog que acompanha o dia a dia da produção. E tenho aprendido com o diretor Ricardo Pinto e Silva que o cinema de tarefas compartimentadas faz parte do passado. Hoje um roteirista tem que conhecer a realidade financeira e tecnológica de um projeto. Para que ele se torne possível.

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