Morto Vivo Placar: Pinga


Em novembro minha coluna Mortos Vivos da Placar homenageia José Lázaro Robles, o Pinga. Ele se destacou na Portuguesa de Desportos, no tempo em que este simpático clube paulistano disputava de igual para igual com os maiores times do futebol brasileiro. Depois, Pinga teve uma vitoriosa passagem pelo Vasco da Gama, e encerrou a carreira no Juventus de São Paulo.

É um dos raros casos que eu encontrei de um jogador de futebol que aparentemente atravessou toda sua carreira pessoal sem maiores problemas pessoais. Ele faleceu com 72 anos em 1996 e foi o maior artilheiro da história da Portuguesa de Desportos. No auge da fama, em 1953, estrelou essa publicidade para a Gillette:

Comentários

Será que um jogador hoje, na era do extremismo do politicamente correto, conseguiria usar um apelido como Pinga?
Carlos Martí disse…
Curioso que justamente um jogador apelidado Pinga não tenha enfrentado conflitos pessoais.
Carlos Martí disse…
Dagô, o futebol europeu está repleto de histórias de brasileiros, idolatrados e odiados pela sua "irreverência prototípica". Aqui em Valencia, todos me contam a história de Valter (ou Walter, Ualter, como eles dizem). Revelado pelo Ypiranga, de São Paulo, Valter foi contratado pelo Santos em 1953 e, no ano seguinte, já era titular da Seleção Paulista, campeã brasileira de seleções. O Vasco comprou seu passe em 1955 e seu talento e criatividade foram decisivos para a conquista do campeonato carioca de 1956. No ano seguinte, o Vasco realizou uma vitoriosa excursão pela Europa, e o futebol de Valter impressionou franceses e espanhóis. Não só recebeu os aplausos das arquibancadas, como também do público dos cinemas, quando suas jogadas eram exibidas pelo NO-DO, tradicional informativo da Espanha franquista. Na vitoria do Vasco sobre o poderoso bicampeao europeu Real Madrid por 4 a 3, na final do Torneio de Paris, Valter jogou talvez a maior partida de sua vida. Ele marcou dois gols e ainda deu um passe sensacional para Livinho marcar o seu e acabou contratado pelo Valencia e segundo os valencianos, rapidamente virou ídolo. Sua meteórica carreira foi interrompida por um acidente fatal, dia 22 de Junho de 1961 quando Valter voltava de um almoço com seus companheiros de clube da zona arrozeira conhecida como el Perelló, em que se concentram restaurantes tradicionais. Vou tentar enviar para vc o PDF com a cópia da página original do jornal ABC do dia seguinte ao acidente com a notícia.
Abç

Postagens mais visitadas