Ontem foi dia de Mamonas




Não foi muito fácil assistir o documentário assinado por Claudio Kahns ontem, no SESC-Pompéia. Meu envolvimento com essa história toda - a banda e o filme - deixou marcas, tanto no sentido emocional quanto profissional. Era para ser um longa (com roteiro escrito por mim), e passei um ano e meio envolvido em pesquisas e entrevistas com pessoas ligadas ao Alberto, Samuel, Dinho, Julio e Sérgio. O longa não aconteceu, e o material de pesquisa foi bem aproveitado nesse documentário, ainda em fase de pré-estréia.

Gostei. O material está bem editado, e soube respeitar momentos que precisaram ficar inteiros. Dois deles são de arrepiar. Um é o o famoso "sermão do Thomasão" - uma monumental bronca de Dinho em quem não acreditava nos mamonas antes da fama e um apelo emocionado para que as pessoas cumpram seus sonhos. O outro momento é o que encerra o documentário, numa auto-pista de Los Angeles. Os cinco estacionam o carro num local qualquer no acostamento e improvisam um clipe com a música 1406 - ali, em frente a um motel, com pessoas observando.

Aqui está um registro que aprofunda o conhecimento que temos dessa banda que foi única e que brilhou com intensidade antes de se apagar naquele estúpido acidente. Mesmo que o longa não seja rodado, este documentário deve dar orgulho em todos aqueles que participaram do projeto. Tive uma honra especial em saber que muitas daquelas pessoas que deram entrevistas para o documentário estavam se dirigindo diretamente a mim, que tinha feito as perguntas.

Comentários

Assisti a emocionante apresentaçao desta documentario em Paulinia, em julho deste ano.
É um filme, assim como a banda retratada, de muita emoção, energia criativa, provocação.
Um dos bons filmes brasileiros desta safra.
Ricardo Pinto e Silva

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