O crítico

A conturbada passagem de Dores & Amores no festival de cinema de Paulínia me fez lembrar dos tempos em que fui crítico de cinema. Cumpri essa função em Veja, IstoÉ, Estado de São Paulo, Movimento e outros veículos. Na própria evolução da minha maturidade, comecei como um esnobe dono da verdade, mas fui assumindo cada vez mais o ponto de vista do espectador comum. Tentava usar acima de tudo o bom senso. Nas minhas avaliações buscava ser guiado pelo prazer e pelo espírito. Tentava destacar pontos positivos dos piores filmes e os negativos dos melhores. Me afastei de qualquer preconceito ideológico. Tinha o máximo cuidado para respeitar o esforço gasto em cada obra, mesmo as que eu não gostava. Os tempos de tentar brilhar destruindo o trabalho dos outros tinha ficado para trás. Um dia percebi que não tinha as condições nem a motivação para ser um bom crítico. Resolvi mudar de lado, e de atirador virei alvo.

Comentários

Célio Aureliano disse…
Amor pelos computadores, uma declaração de amor pela vida!
Re disse…
Bem legal,bjs cariocas,Re

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