Europa de Trem - Capítulo 4


Em Oslo, consegui ficar no melhor hotel dessa viagem: o Best Western Bondeheimen. Dormi num quarto confortável e bem equipado. Na manhã do dia 20 de fevereiro, descobri também que o breakfast era farto e delicioso. A vontade foi de voltar para o quarto, me conectar na internet e assistir TV no quentinho. Mas eu estava a trabalho e tinha pouco mais de 24 horas na capital da Noruega. Vesti TODOS os agasalhos e enfrentei a neve.


Quase por instinto, voltei para a Estação Central, onde encontrei o tigre em bronze lá de cima. Aproveitei para dar uma volta no Da estação, peguei um ônibus que me levou para a ilha Bygdoy, onde estão os dois maiores museus históricos da cidade.


Visitei o Museu do Barco Viking. Ele expõe três embarcações enterradas intactas com seus enfeites, armas, instrumentos e utensílios. É uma rápida, mas profunda imersão na cultura viking. O visitante ainda encontra 3 cadáveres semi-mumificados pelo frio, expostos ao público. Através da análise desses corpos, descobrimos (como num episódio do CSI) alguns detalhes da duríssima vida que eles levavam. O mais velho foi morto num duelo de espadas, aproximadamente no século 10 dC.


O dia seguinte, domingo 21,  amanheceu tão frio quanto o anterior - com temperaturas ao redor dos 16 graus negativos. As ruas centrais de Oslo estavam vazias. Caminhei até o Palácio Real, na vastidão gelada do Vigelangsparken. Em seguida, fui até o coração da cidade onde estão o porto, a sede dos premios Nobel, a prefeitura e o suntuoso Nationaltheater. A estátua esverdeada na sua entrada homenageia o nome mais importante da dramaturgia norueguesa, Henrik Ibsen, o autor de Casa de Bonecas


O mapa abaixo mostra os principais pontos visitados. A estação de trem, o Palácio Real (marcado com uma árvore), o Museu Viking (com um barco) e o hotel onde me hospedei, no centro de tudo. 


Na manhã daquele mesmo dia 21, um domingo, eu arrastei minha mala pela neve de Oslo, de volta à Estação Central. O trem para a Suécia era ótimo. Mas não chegou ao seu destino.

Fotos (c) Dagomir Marquezi 2010
O autor viajou a serviço do Guia Europa de Trem, da editora Abril.

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