Nova Zelândia 2001 - Capítulo 4


Wellington - Christchurch


Peguei a primeira balsa para a ilha do Sul. É uma senhora balsa, que faz a travessia do estreito de Cook em umas 3 horas. Que podem ser muito prazeirosas, se o tempo estiver bom. E estava, como mostra a foto. A paisagem fica ainda fascinante quando a balsa entra pelos fiordes da ilha do Sul. O serviço de bordo é farto e cheio de simpatia, como tudo mais que eu encontrei na Nova Zelândia.





A balsa desembarca passageiros e veículos na cidadezinha de Picton. Eu ainda não era naquele tempo o fanático por trens em que me transformei. E a rede ferroviária neo-zelandesa não tem a sofisticação que eu encontraria na Europa alguns anos depois. Mesmo assim foi uma ótima viagem num trem muito simples chamado Tranz Scenic. O destaque era o "vagão radical", favorito entre os mais jovens. É um vagão praticamente sem janelas de vidro, e sem cadeiras, onde o pessoal se balança com o vento na cara, como se "surfasse" sobre os trilhos.


A viagem no Tranz Scenic seguiu margeando costa ocidental da ilha. Paramos nas estações turísticas e cidades de praia onde vários passageiros foram desembarcando. Não pude deixar de imaginar o que seria uma linha dessas fazendo o circuito Rio-Santos. À esquerda, eu tinha as praias pedregosas, mas lindas. À direita, as fazendinhas onde se cria uma das bases da economia do país. São milhares de ovelhas e carneiros pelos morros, pastagens e vales. 


No finzinho da tarde chegamos a Christchurch. Fui direto ao aeroporto alugar um carro para a etapa final da viagem. Passei uma única noite na cidade. Olhando o crepúsculo pela janela de uma cidade grande, mas muito acolhedora, eu jamais poderia imaginar que quase tudo aquilo viraria ruína dez anos depois.

Comentários

Anônimo disse…
Dago
Eu tive a impressão que tinha aqui um post sobre CARRO DE PAULISTA ou sonhei com isto? De repente aparece este novo post sobre a Nova Zelandia...risos
ab
joão antoni
Anônimo disse…
Dago
Seus relatos de viagens são sempre muito interessantes.Muito mais interessante foi como terminou o post, refletindo que não poderia imaginar que este belo cenario dez anos depois estaria em ruinas.
Mas onde foi parar o post do CARRO DE PAULISTA? Sumiu do blog? Eu curti muito a amostra.Fui ver a entrevista dos rapazes atores num programa de tv e vi que as novas gerações tem muita coisa na cabeça sim. Acho que muito mais que as nossas...risos
ab
joão antonio
Dagomir Marquezi disse…
João:

Vou refazer o post do Carro.

E obrigado por acompanhar meus relatos de viagem. Eu adoro contar essas aventuras.

Abraço

D

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