O chulé do Zé, a mulher do Canadá, o Tadeu e eu

Tadeu Patolla

O Tadeu Patolla é o maior guitarrista de funk do Brasil, até que me provem o contrário. Na verdade é um dos maiores músicos/produtores do mercado, mas infelizmente ele é modesto demais para assumir isso publicamente. Conheci o Tadeu ainda criança, depois me afastei e depois virei seu eventual letrista e parceiro. Coloquei no meu álbum virtual duas de nossas parcerias. O tom é de escracho adolescente. Talvez você odeie. Talvez seus filhos não odeiem tanto.

Tadeu Patolla - O Chulé do Zé

A inspiração da letra veio de - quem mais? - Frank Zappa. Eu misturei dois de seus temas: Cheepnis (sobre filmes baratos de terror) com Stinkfoot (literalmente "chulé"). Criei uma letra apocalíptica/surrealista sobre o poder destrutivo do pé do Zé. Eu gosto especialmente do arranjo meio "sinfônico" criado pelo Tadeu, num clima meio Linkin Park. Os mais velhos podem reconhecer uma pequena homenagem aos holandeses da banda Focus. Todos os instrumentos e vocais são do Tadeu.
RECOMENDADO PARA: quem gosta de rock pesado e letras estúpidas.
Para ouvir O Chulé do Zé clique aqui.

Lagoa - A Mulher do Canadá
Lá por mil novecentos e faz tempo eu encontrei o Tadeu no casamento do meu primo Reinaldo Moreira em Franca, interior de São Paulo. No fim da festa, o Tadeu me fez um convite irrecusável: tocar (bateria) com ele num bar da cidade. A caminho do boteco, ele me listou um monte de trocadilhos infames do tipo "tê, tinha, mas acabou-se tudo". Anotei todas as jóias de duplo sentido. Quando voltei a São Paulo, juntei os pedaços e criei um refrão de fundo geográfico. O Tadeu compôs com a letra um ska, um ritmo jamaicano que na verdade é um reggae acelerado. E alternou o ska com um poderoso riff heavy metal. Um orgulho adicional para mim é o fato desta música ter sido gravada no mesmo estúdio onde os Mamonas Assassinas gravaram seu CD, e com o mesmo produtor (Rick Bonadio).
RECOMENDADO PARA: quem gosta de música jamaicana, rock pesado e... letras estúpidas.
Para ouvir A Mulher do Canadá, clique aqui.