A vida sem carro


Não tenho estômago para o trânsito. Talvez a maioria dos motoristas seja sensata. Mas basta um desses bandidinhos do volante para me tirar do sério. Gente que estaciona em faixa de pedestre, que dirige à noite sem ligar os faróis ou não sabe que existe pisca-pisca. Motoristas com um celular numa mão e outro na orelha. Sou correto demais num volante para conviver com isso.


Claro que numa metrópole muitas pessoas não podem viver sem o carro. Moram longe. O trabalho exige. Ou um parente idoso precisa ser constantemente deslocado. Mas cheguei à conclusão que: 1) estou bem servido de ônibus e metrôs 2) um táxi eventual fica mais barato que um estacionamento 3) não pagar IPVA e seguro automobilístico é uma delícia 4) estou caminhando mais, com mais saúde e menos stress 5) o metrô me dá a chance de almoçar na Pompéia e tomar um café na avenida Paulista. 


Hoje, sou um feliz sem-carro. Esta é a última imagem que tive do meu fiel VW Gol no momento em que o comprador o levou:

Comentários

Analu Romano disse…
Nunca pensei por esse lado " o metrô me dá a chance de almoçar na Pompéia e tomar um café na avenida Paulista."
Fenomenal, como sempre!!!
Parabéns Dago.
Dagomir Marquezi disse…
Obrigado, Analu! Eu sei que é meio difícil para quem não conhece São Paulo imaginar o que é ir para a Paulista de carro. Beijão prá você!
Elaine Porto disse…
Parabéns! Isso é um alerta a nos tornamos mas humano com o próprio meio em que vivemos! Quantos lugares, pessoas, animais e situações podemos vivenciar fora de um carro... Abç!
Anônimo disse…
Dagomir, tu sintetizaste em poucos palavras o que eu penso sobre automóveis. Não tenho carro e estou muito feliz, caminho e tenho uma bike. Por não ter carro, sou visto como um ET por aqui. O Helio do Soveral tinha uma história em quadrinhos que falava sobre isso, e olha que o trânsito só piorou desde a epoca dele!
Rogério (SC)

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