Onde houver tristeza


Tive dois encontros com Hebe Camargo na minha vida, os dois na década de 1980. O primeiro aconteceu quando eu denunciei a Farra do Boi pelo jornal O Estado de São Paulo. A repercussão foi muito forte e tive a honra de ser convidado a participar do programa da Hebe na SBT. Ela não quis bancar a apresentadora neutra. Ficou indignada com a barbaridade cometida no litoral catarinenes. Comprou - no ar - uma briga com o então governador de Santa Catarina, que se negava a aceitar os fatos. Minha admiração por ela, que já era grande, só cresceu.

O segundo encontro foi na mansão dela no Morumbi. Dessa vez eu era o entrevistador a serviço da revista IstoÉ. Hebe me tratou como um velho amigo. Com seu sorriso irresistível me mostrou seu incrível mini-estúdio de rádio que funcionava logo ao lado da piscina. De lá ela falava ao vivo com milhares de ouvintes todos os dias.

Tudo o que eu tenho a dizer sobre Hebe Camargo cabe naquela frase da Oração de São Francisco: "Onde houver tristeza, que eu leve a alegria".

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