10 ilhas: os 30 anos de uma grande viagem

Em San Juan, Porto Rico

Em 1982 eu tinha as condições e a vontade juvenil de realizar uma grande aventura. Nem precisei pensar muito. Meu amigo Gilberto Galvão já tinha planejado uma mega excursão por 10 ilhas do Caribe. Eu apenas o acompanhei.

Foram 2 meses completamente desligados do Brasil, numa época pré-internet e sem conexões telefônicas internacionais. Por 60 dias no início de 1982 nos atiramos numa viagem onde pouca coisa podia ser planejada. 

Corremos risco de vida no veleiro Inch-Allah atravessando uma tempestade tropical. Por pouco não fomos presos no aeroporto de Fort-de-France. Foram muitas festas, pratos exóticos, grandes amizades, substâncias químicas e naturais, pensões baratas, carnaval em Trinidad, reggae e sol. Tenho material suficiente para escrever um pequeno livro sobre essa aventura.

As 10 ilhas: Curaçao, Bonaire, Klein Bonaire, Porto Rico, Martinica, Saint Vincent, Bequia, Trinidad, Tobago e Grenada. Algumas das imagens que sobreviveram a esses 30 anos:

Willemstad, Curaçao 

Gilberto Galvão com a camiseta oficial do
Zappa Clube num transatlântico em San Juan

O casal Nancy e Brian, grandes companheiros 
de viagem vindos de Ohio, USA. O ruivão foi um
caras mais engraçados que eu já tive
o prazer de conhecer.

Vestido "muito" convenientemente para 
visitar a mais antiga sinagoga do continente 
americano em Willemstad, Curaçao


Escala no aeroporto de Basse Terre, 
ilha de Guadalupe.
Ao fundo, o lendário Concorde.


E aqui, um mapa esquemático da viagem (com chegada e partida via Caracas):

Comentários

gilberto galvao disse…
ih, as memórias dessa viagem são muitas. teve aquela sueca maravilhosa, em cujo bar tomei 85 drambuies na esperança de um affair, mas só deu um rombo nos meus dólares. aquela noite no cassino de curaçao, quando ganhei mais de 200 dólares no caça-níqueis e fomos comer um riffstaffel à beira do mar. aquela carona complicada num cargueiro, que nos deixou de escaler numa das ilhas. o apart-hotel chiquérrimo em que ficamos em porto rico, por uma ninharia, num bruto golpe de sorte. o carnaval em trinidad, claro, dançando calipso atrás das steel bands. aquele museu terrível St.Pierre, na Martinica, mostrando o que restou da erupção do Montpelier, em 1906. ainda na Martinica, aquele calalou que a cozinheira do hotel fez especialmente para nós. tanta coisa. e aquela passagem emocionante pela Granada pré-invasão americana, ainda sob o governo Bishop, que comemorou um ano de revolução com distribuição de rum e com Angela Davis de convidada especial, dançando no baile oficial com o cabelo cheio de miçangas. sobre isso, escrevi uma reportagem na status, que posso te enviar. é coisa demais. se for escrever um livro, conte com minhas memórias. e, mais que isso, não vamos deixar essa viagem no passado. vamos continuar com o que ela nos deixou, porque somos feitos do material de nossos sonhos. um grande abraço no meu inesquecível companheiro dessa grande aventura de minha vida.

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