No palco com Kurtis Blow
Foto: Fernando Rozzo
Em junho de 1988 eu trabalhava na TV Gazeta onde fazia produção e redação de programas musicais. E soube que Kurtis Blow ia se apresentar em São Paulo.
O que?! Kurtis Blow?! O mestre fundador do rap?! O incendiário do funk?! O rei do balanço no Bronx?!
Consegui uma entrevista exclusiva. Na noite de sua apresentação fui com a equipe da Gazeta para o auditório da Sociedade Esportiva Palmeiras, na época um templo da música black em São Paulo. Encontrei o negão, soltei um monte de elogios, e pedi um autógrafo na capa do LP America.
Fiz a entrevista. Na hora de se despedir, Kurtis Blow pediu se o DJ que o acompanhava podia usar o meu LP no show. Perguntei se poderia haver uma honra maior para um fã como eu. KB agradeceu e pediu mais uma coisa. Eu me incomodaria de subir no palco com ele, ficar discretamente num canto e ensinar algumas expressões em português para que ele repetisse à platéia do Palmeiras durante o show?
Ora, o que um soul brother não faz pelo rei?
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