Gravity: um grande salto para o cinema

Assisti Gravity em IMAX 3D. É um daqueles filmes que mudam sua visão de cinema. Eu já era fã do diretor (mexicano) Alfonso Cuarón desde o filme A Princesinha , de 1995. Ele escreveu o roteiro com o filho Jonás. E então teve que inventar a tecnologia para deixar o filme possível de ser filmado. Cuarón (que sempre sonhou em ser astronauta) presta homenagens a clássicos da ficção científica, como 2001 Uma Odisséia no Espaço e Alien.

Gravity é a história de uma astronauta (Sandra Bullock) que está trabalhando a 600 km da superfície da Terra e enfrenta um desastre que provoca um pesadelo atrás do outro. Nunca o espaço foi tão realista num filme. E o mais maluco é que quase tudo foi filmado em pequenos "caixotes" no interior de um estúdio britânico. Gravity passou por 2 anos de edição e efeitos especiais. 

O início é especialmente desorientador. A "câmera" sobrevoa a Terra, vê a nave chegando lá longe, dá voltas ao redor da protagonista, se aproxima até entrar no capacete dela, e tudo passa a girar ao seu redor como se o espectador estivesse no espaço. Quase não há cortes, é tudo contínuo, como a vida.