Alberto Villas lembra o tempo do Brasil Extra


Meu amigo e ex-colega Alberto Villas publicou uma crônica no site da revista Carta Capital sobre uma das boas experiências que tivemos no jornalismo brasileiro: o jornal Brasil Extra, que lançou o primeiro número em 1984 e foi abatido (pelos próprios donos) antes do segundo. Na foto acima estão alguns dos membros da redação, eu lá atrás posando de o mais alto da turma. Na fileira da frente, à esquerda, está meu excelente chefe na redação, Mylton Severiano, o famoso Myltainho, meu futuro sogro. Villas é o cara de óculos e braços cruzados.

Trechos da crônica de Alberto Villas:

"Foi nesse clima que um bando de jornalistas se reuniu numa pequena sala meio improvisada no bairro de Pinheiros, em São Paulo, com o sonho de colocar nas bancas uma nova revista alternativa chamada Brasil Extra.
Capitaneados pelos mestres Mylton Severiano da Silva – o Myltainho -, Bernardo Kucinsky e Narciso Kalili, os discípulos se apresentaram para ir à luta, ir às ruas e trazer matérias pra botar a revista de pé. O sonho era fazer uma espécie de Actuel, revista que levei uma pilha para a primeira reunião de pauta.
O time era de jovens e craques. Dagomir Marquesi – o Dagô – foi escalado para traçar o perfil de Paulo Maluf. Marcelo Rubens Paiva para desvendar os mistérios das rádios piratas, Luiz Maklouf foi pra São Bernardo descobrir o que tinha na cabeça de Luiz Inácio da Silva e Bernardo Kucinsky partiu pra Cubarão para relatar o sofrimento dos moradores da Vila Socó que, segundo ele, nasceram como bichos e morreram como bichos.
O time era grande. Tínhamos ainda Lucia Costa, Luisa de Oliveira, Aureliano Biancarelli, Renato Pompeu, Carlos Rennó, Lucia Correia Lima, Cristina Serra e tantos outros.
O número 1, todo desenhado pelo francês Jean Gauvin, um dia ficou pronto. Com uma foto de Paulo Maluf na capa e a manchete O menino que virou Maluf, fomos pras bancas. A reportagem de capa tinha, além do relato do repórter que comeu um quibe de peixe numa festa chez Maluf em que penetrou de boa, um dos melhores títulos que fizemos: Quando Maluf começou a mamar. Esse era o tom da Brasil Extra".
Para ler o texto completo, clique aqui.


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