Mustafá (* 2005 + 2018)


Mustafá e seu irmão Hadije tinham sido encontrados numa caixa de sabão no bairro da Lapa. O Mustafá possuia uma personalidade  tão forte que nasceu com uma costelinha torta, sua marca única, como uma impressão digital.


O Mustafá tinha vários apelidos. Quotinha, Muçulmano, Tarjinha, Robinho, Costinha... Era o melhor driblador com uma bolinha de papel nos pés. Enquanto seu irmão Hadije é um gourmet, o Mustafá adorava assaltar a mesa em busca especialmente de farelos de pão. Abria gavetas com as patinhas com a maior facilidade.

Era um gato presente, participativo, emocional. Grudava na mãe, quando se ela estava doente. Nos dias de frio, pulava no meu colo enquanto eu lia ou assistia TV. Se eu estivesse concentrado num trabalho, ele não se importava e se acomodava em cima de mim do mesmo jeito. Queria atenção. E dava atenção, como um bom amigo. Foi meu companheiro em muitas madrugadas. 

Era parte integral da nossa vida. Continuará a ser para sempre.


PS - Nossos agradecimentos a todos os que de uma maneira ou outra cuidaram do Mustafá: Erik Garcia dos Santos, Manoel Lopes, Audrey Haag e Gilberto Mello Reis.

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