Daniel Filho manda ver

Muito boa a entrevista que o diretor Daniel Filho deu para a Folha de São Paulo neste domingo. Ele se nega a pedir desculpas por estar fazendo tanto sucesso na bilheteria.  Bate recordes históricos com seus filmes Se Eu Fosse Você, 1 e 2.  Defende um cinema popular que respeite o grande público, independente de agradar críticos e intelectuais esquerdistas. 

Sua proposta é revolucionária no Brasil: fazer filmes honestos que se paguem, e que não dependam do Estado.  Eu tive a chance de cruzar meus caminhos com o Daniel Filho algumas vezes quando ele era diretor artístico da rede Globo. Agora meio que sem querer ele virou porta-voz de quem está cheio da mesmice:

DANIEL - A vida vem em ondas como o mar, já dizia Vinicius de Moraes. Às vezes vem a onda do filme de terror. Agora veio a onda da favela. Com o sucesso de "Cidade de Deus", todos os diretores brasileiros quiseram mostrar a preocupação social com a favela, com os desvalidos, com a ascensão do Lula, com "óóó", com... Então haja favela! Haja favela! Haja favela! E chega um determinado momento em que o povo diz: "Ah, meu Deus, eu não quero mais ver filme de favela, não. Não quero mais ver filme de traficante que mata traficante". Você não quer ver esse filme que não te conduz a nada.  

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