Não adianta chorar

Você pode ir à loja hoje e comprar uma câmera de filmagem digital full HD e som 5.1 por 3.500 reais. Em prestações pelo cartão de crédito agora é possível tem uma câmera em formato de ponta, com qualidade melhor que a maioria dos canais que estão no ar. E o preço continua caindo.

Outro dia recebi a oferta de uma estação para vídeo digital HD. Ela edita o filme em alta definição, finaliza e ainda grava em BluRay. Preço? 9.800 reais. Somando, por menos de 15 mil reais você pode ter uma micro-produtora na sua casa produzindo midia para os mais avançados formatos da indústria do cinema e da televisão.

Junte aí despesas como 100 reais para um tripé, cartões de memória, etc. Com 15 mil reais você está por cima. Sim, "qualquer um" poderá fazer filmes de alto nível técnico. Não vai ser nenhum Senhor dos Anéis, mas vai ter qualidade profissional. Estamos vendo uma revolução na história das midias audio-visuais. O negócio é se adaptar às novas situações e tirar proveito delas. Não adianta vir depois com a choradeira tipo "o cinema está acabando", como fazem certos jornalistas embolorados com relação à imprensa.

Comentários

Estas observações do Dago são a essência do pensamento de diretores de ponta como o Mike Figgs, que descreve em detalhes suas experiência com as novas tecnologias e a sua implicação sobre uma nova forma do fazer audiovisual. Leitura obrigatória, disponível em boas livrarias em inglês e espanhol.
Digital Film Making, Mike Figgs, FF ( Faber and Faber)
Dagomir Marquezi disse…
Já estou lendo!
Se os dinossauros que pregam que o cinema acabou parassem para pensar, diriam que agora é que ele está começando...
Carlos Pupo disse…
A mesma reflexão tenho feito com relação à fotografia. Cada celular "mais modernoso" é de um possível repórter fotográfico...

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