Revolução cultural


Ontem eu li uma entrevista do Jeff Bezos, o criador da Amazon, dizendo que nada vendeu este ano passado tão bem quanto seu leitor digital Kindle. Minhas colunas para a Info (e matérias para outros lugares) martelavam nesse ponto: na hora em que criarem um bom leitor de ebook (e jornal, revista, etc) a leitura entra naturalmente em sua era digital, como aconteceu com a fotografia, o cinema e a música.  Não vai ter nostalgia que segure a indústria do papel. Ela não vai sumir, mas vai levar um tombo. O Kindle é apenas o primeiro leitor digital de sucesso comercial. A concorrência vai baratear e popularizar tudo a partir de 2010.

Quanto mais eu me aventuro nesse campo da edição digital, mais aprendo o tamanho da revolução cultural que está para acontecer. Como disse o dono da Amazon, o livro de papel é uma tecnologia incrivelmente resistente. Durou 500 anos. Chegou a hora de mudar. E quanto mais eu me aprofundo nessa área, mais eu vejo como o papel é um limitador de nossa imaginação e técnica. A limitação acabou.

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