Meus encontros com J R Guzzo

 


Meu caminho cruzou com o de José Roberto Guzzo várias vezes desde os anos 1980. Primeiro, quando eu trabalhei por poucos meses na Veja. O Guzzo era um de seus diretores, mas não conversamos muito nessa época.

Em 1997, depois de algumas aventuras no show business, em 1997 voltei ao jornalismo para trabalhar na editora Abril. Fiz parte da redação da revista VIP, mas logo comecei uma coluna na Info. Sugeri ao então diretor da editora, Paulo Nogueira, criar um livro chamado Dicionário de Informática. O Paulo então pediu ao Guzzo que fosse meu orientador nesse projeto. O livro foi escrito, mas não foi publicado e eu criei uma edição digital em 2019 para que servisse como http://contrariado. Como uma espécie de memória tecnológica.

Saí da Abril em 2007. A editora acabou. E a imprensa brasileira entrou numa crise da qual não saiu até agora. No início da década de 2020 tive dois almoços com o Guzzo. Conversamos sobre a necessidade de um recomeço, num esquema mais modesto, sem a grandiosidade da editora Abril. E que fosse completamente digital. Ele me pediu para ter paciência que algo novo estava nascendo.

Em 2021 entrei na Revista Oeste, onde estou até hoje. E toda segunda feira tinha reunião de pauta com o JR Guzzo. Com quem eu sempre aprendia alguma coisa. Muitas vezes discordei dele. O Guzzo era durão e não gostava de ser contrariado. Com o tempo, estabelecemos uma espécie de rotina. Eu passava a reunião em quase silêncio, enquanto eles falavam sobre política - que não é meu forte. Aprendia também com a exatidão e o estilo único do seu texto.

No final, quando quase todos tinham saído para fazer o programa Oeste Sem Filtro, eu continuava na sala. E aí eu conversava com ele sobre memórias do passado. E a gente dava muita risada. O Guzzo tinha um grande senso de humor e boa memória para piadas.

As segundas feiras na Oeste não serão mais as mesmas.

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