Orgulho de ser Branco
Minha coluna para a revista Época que vai para as bancas hoje é meio provocativa. Ela propõe um Dia da Consciência Branca (não existe um dia da Consciência Negra, feriado municipal?)
Claro que seria uma data fictícia. Quis apenas fazer uma reflexão sobre os significados que a palavra "branco" costuma nos lembrar - racismo, supremacia, preconceito, privilégios, impunidade. E com essa visão cria-se mais uma forma de racismo. Não tenho nenhuma vergonha da cor da minha pele. Existem bons e maus brancos como bons e maus negros, asiáticos, indígenas, etc.
Na coluna eu digo entre outras coisas que não admito nesse início de século 21 qualquer política baseada em raças e etnias, sejam elas quais forem. E me recuso a carregar culpa pelos horrores da escravidão no século 19. Sou descendentes de italianos e espanhóis que passaram miséria aqui como imigrantes e conquistaram cada passo trabalhando muito e honestamente. E todas as pessoas negras com as quais convivi eram assim: trabalhadores, honestos, dispensando caridade e cotas raciais em universidades.
Claro que seria uma data fictícia. Quis apenas fazer uma reflexão sobre os significados que a palavra "branco" costuma nos lembrar - racismo, supremacia, preconceito, privilégios, impunidade. E com essa visão cria-se mais uma forma de racismo. Não tenho nenhuma vergonha da cor da minha pele. Existem bons e maus brancos como bons e maus negros, asiáticos, indígenas, etc.
Na coluna eu digo entre outras coisas que não admito nesse início de século 21 qualquer política baseada em raças e etnias, sejam elas quais forem. E me recuso a carregar culpa pelos horrores da escravidão no século 19. Sou descendentes de italianos e espanhóis que passaram miséria aqui como imigrantes e conquistaram cada passo trabalhando muito e honestamente. E todas as pessoas negras com as quais convivi eram assim: trabalhadores, honestos, dispensando caridade e cotas raciais em universidades.
Comentários
O Collin Powell, ex-secretário de Estado dos EUA, foi cotista e tem orgulho disso. Trabalha para um governo ultra-conservador, com a mesma visão de vocês da revista Época. Acho que o problema das cotas, de ser contra ou a favor aqui no Brasil, caminha com a imagem que o cidadão faz do atual do governo: se ele é contra, é contra as cotas também; se gosta do Lula, aprova as cotas. Os dois lados forjam conceitos, sem informação completa sobre o assunto. A discussão fica no campo das paixõs políticas, e isso é perigoso.
Como sou desconfiado, tanto do governo, que é autoritário e populista, como da oposição, que é extremamente conservadora e racista, acho que devo me informar melhor sobre as cotas, mas não sou radical quanto a pregar o fim dessas políticas antes de saber tudo sobre elas.
Claro, nós não temos culpa (também sou branco), mas nossos ancestrais mataram muitos indios pelas costas e arrancaram muitos dentes de negros fujões para dar lição a eles. Disso a gente não pode esquecer, ou então seremos tachados de nazistas.
Outro ponto que não foi desenvolvido no texto, até por falta de espaço, claro: há políticas que não tem como prescindir da questão racial ou étnica, como nos países da África e até recentemente na Europa Central. Se elas forem ignoradas, como aconteceu em Ruanda, você só terá genocídio.
Rodrigo
J. Marangoni
Não só os negros, mas também os indíos e todos os excluídos e/ou marginalizados devem ter acesso a direitos (educação, saúde, moradia digna, salário e emprego dignos,etc).
Somente assim, com o devido respeito a dignidade humana, conseguiremos dar valor a miscigenação que constitui verdadeira virtude da nação brasileira.
Danilo Suniga