Profecia

Na minha coluna da revista Info de outubro de 2009 eu meti o pau nesse renascimento do disco de vinil. Mostrei o ridículo desse retrocesso tecnológico, que acaba atrapalhando a evolução do áudio de alta qualidade. Detonei o fenômeno mercadológico. E terminei a coluna com uma questão hipotética, irônica e improvável. "Qual vai ser o próximo passo?", perguntei. "A volta da fita cassete?"

Hoje o gentil leitor Eduardo Cavaliere (Belo Horizonte MG) mandou para a Info um artigo do jornal Estado de Minas (edição de ontem, 30 março 2010) com o título Sem Enrolação (que você pode ler aqui). A matéria começa assim:  "Fitas cassete começam a reconquistar espaço no mercado da música independente do Brasil".  Isso mesmo. E segundo o artigo, o fenômeno não é só brasileiro. Logo você vai voltar a ver gente enfiando suas canetas Bic nos buraquinhos dos cassetes para tentar desengripar fitas amarfanhadas. Não existem limites para a estupidez humana.

Comentários

Bom, espere pelos discos 78 rpm... De qualquer forma, a única vantagem que os velhos LPs tinham sobre os cds e dvds de hoje eram as grandes capas, onde se podia fazer algo de interessante. Hoje são pequenas e não afetam muita coisa. Mesmo assim, não é motivo suficiente para retornarem com os LPs.
J Ramos disse…
Dagomir, sou um grande admirador seu, por muitas vezes comprei a INFO somente pela sua coluna, e me lembro muito bem deste seu artigo publicado em 2009, mas é fato que no caso do Vinil, a qualidade do audio é muito superior as midias atuais, uma vez que ainda não temos midias exlusivas de audio com qualidade superior (audio em Blu-Ray, por exemplo),é fato tbm que com a tecnologia, nós ganhamos com o mp3,por exemplo, a compactação de midias tem um sentido util inestimavél, mas em termos tecnicos de qualidade, é muito inferior ao bom e velho "bolachão",é certo tbm que os K7`s são um retrocesso, as fitas magneticas assim como os cd`s se deterioram, diferente do vinil que tem uma resistencia temporal muito superior,outro ponto, e esse com certeza o mais importante, o ser humano tem habitos costumeiros desde sua pré-história, e o fato de existirem produtos considerados obsoletos por uns mas classicos por outros é a prova disto tudo. Bom, peço desculpas pelos erros ortográficos, e termino minha opnião com a seguinte frase: Não existem limites para o "gosto" humano!
Abraço
Dagomir Marquezi disse…
J Ramos: você tem razão, cada um gosta do que quiser... Um abraço e obrigado pela sua mensagem tão equilibrada. Foi uma lição.

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