78 Rotações: o Marlon Brando era o rei e o Jerry Lewis um cara normal
Quando eu nasci o mundo era musicado por uma coleção de discos 78 rotações que o meu pai juntou. Com aqueles discos riscados e facilmente quebráveis eu conheci rumbas, cha-cha-chas, mambos, samba-canções e a voz taquara-rachada de Al Jolson.
Em 1983 eu escrevi com o Rogério Naccache a letra de uma canção em homenagem a esses velhos discos que herdei. O Fernando Moraes compôs a música e produziu a gravação de 78 Rotações. Tivemos muitas sessões, mas o que restou foi uma fita demo, ainda um rascunho. 30 anos depois coerentemente parece o som de um disco velho. (Minha participação? Eu faço o uivo do lobisomem.)
Na época eu consegui com amigo Rubens Ewald Filho alguns trechos de sua vasta filmoteca (na época em fitas VHS). Elas foram encaixada numa parte do meio da música que cita alguns ícones da década de 1950. Eu gosto especialmente desta estrofe, criada num ping-pong com o Rogério:
A virgindade da Doris Day
No dia em que o lobisomem uivou
O Marlon Brando era o rei
No dia em que a bolha assassinou
Ben Hur ganhou o páreo final
No dia em que o marciano pousou
O Jerry Lewis era um cara normal
No dia em que a terra parou
No dia em que o lobisomem uivou
O Marlon Brando era o rei
No dia em que a bolha assassinou
Ben Hur ganhou o páreo final
No dia em que o marciano pousou
O Jerry Lewis era um cara normal
No dia em que a terra parou
Para ler a ficha técnica e a letra completa clique aqui.
Para tocar clique no play:
Jerry Lewis
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