O jornalismo está vivo para quem não morreu


Fui pego de surpresa ontem com cumprimentos de amigos pelo Dia do Jornalista. Eu tinha me esquecido dessa data. Agradeço (de novo) pela gentileza.

E como quase todos os dias li nas redes sociais posts de lamentação pelo "fim da profissão". Estamos numa crise, sim. Grandes empresas estão fechando revistas e jornais. Jornalistas estão sendo demitidos. Isso é o "fim"?  Só posso falar por mim; eu estou cada vez mais otimista.

Acho que estamos assistindo ao fim, sim, mas de uma fase do jornalismo. E ao começo de uma nova fase, que pode ser ainda melhor que a anterior. O que está chegando ao fim é o jornalismo envelhecido, dependente do papel, militante político, sem imaginação, de costas para o futuro. Mas as condições de produção de imprensa estão cada vez mais poderosas e acessíveis, por causa da digitalização. Alguns dos textos que eu escrevi a esse respeito estão no meu livro Alma Digital.

Boa parte da atual crise da imprensa brasileira é causada por medo e comodismo. Mas o futuro começa a cada minuto. O jornalismo, como tudo mais, espera a cada dia por uma reinvenção.

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