Obrigado, Jerry Lewis (*1926 - +2017)


A primeira vez foi com meus pais no cinema, num filme chamado O Meninão ("You're Never Too Young", 1955). Em 1955 eu tinha dois anos, portanto deve ter sido uns 4 ou 5 anos depois. Mas a experiência foi inesquecível. Aquele cara me fez fazer xixi na cueca de tanto rir. Ele despertou em mim o que eu chamo de "humor de fígado", longe do cérebro. A capacidade de rir... porque simplesmente é engraçado. (Com a aposentadoria de Jerry Lewis, seu substituto natural foi Jim Carrey). Depois daquela experiência de assistir esse primeiro filme, por muito tempo eu me referi a Jerry Lewis simplesmente como "o meninão". "Tem mais filme do meninão no cinema?", eu perguntava esperançoso ao meu pai.

E os filmes do "meninão" vieram, um atrás do outro. Alguns deles eu devo ter assistido mais de 10 vezes. Sabia que geralmente havia um trecho chato, sentimental, entre uma gargalhada e outra. Na hora do sentimentalismo eu pensava em outra coisa no cinema e esperava. Até que aquele homem voltasse a me fazer rir de novo. Como nessa cena de Rock-a-Bye-Baby ("Bancando a Ama Seca", de 1958):


Ou esse coral de um ator só em O Otário ("The Patsy", 1964):


De The Patsy ("O Otário", 1964, dirigido por Frank Tashlin) temos essa sequencia de humor visual, em estilo de desenho animado:


Aqui ele tenta bancar o mau em O Delinquente Delicado ("The Delicate Delinquent", 1958):


A clássica cena da máquina de escrever em Who's Minding the Store? ("Errado Pra Cachorro", 1963):


E temos essa brilhante dublagem da orquestra de Count Basie no filme The Errand Boy ("Mocinho Encrenqueiro", 1961):


Por tudo isso e muito mais, obrigado meninão por todas as risadas.

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