Vitória em quadrinhos


 São Paulo SP

Em toda revista e todo jornal em que eu trabalhei sempre quis desenvover uma série em quadrinhos. Quase sempre não deu certo. Por mais que eu apresentasse planos detalhados, pouca gente na imprensa entende a importância das HQs.

No ano 2000, eu estava na revista VIP da editora Abril e mais uma vez sugeri fazer uma série em quadrinhos, com um toque erótico já que se tratava de uma revista masculina especializada nos "prazeres do homem". Minha primeira ideia era uma São Paulo do futuro. Como quase todos os autores de ficção científica são "distópicos", fiz questão de usar como cenário uma São Paulo utópica, com muita tecnologia, muita natureza e dirigíveis sobrevoando um rio Tietê transformado em centro de lazer.

O então diretor da revista SuperInteressante, Adriano Silva, se juntou a mim no projeto. E conseguimos um bom desenhista, Valdir Fernandes, que participava das revistas de super heróis da editora. Mas a história - chamada Notorius - desandou depois de alguns capítulos. Eu tinha uma visão, o Adriano tinha outra. E o Valdir colocou um estilo bem Marvel na arte. A combinação desses fatores não funcionou.

Notorius foi se perdendo. Até que os diretores Paulo Nogueira e Marco Antonio Rezende pediram para a gente encerrar a história no capítulo seguinte. Mesmo assim, foi uma vitória. Os quadrinhos conquistaram um espaço nobre por alguns meses. 



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