Abaixo as reformas!

Não estou falando nem de reformas políticas nem de reformas econômicas. Falo da vida dura de escritor/roteirista/jornalista que precisa de sossego e silencio para poder trabalhar. Como tantos outros nessa profissão, eu optei pela madrugada. Trabalho todos os dias até 5 ou 6 da manhã, que é quando o trabalho realmente rende. Depois, durmo com dificuldade, o sol nascendo, a cabeça ainda agitada.


Algumas poucas horas de sono depois, o vizinho de cima abre a porta para o pedreiro e eu acordo com o som de furadeiras e marretas. Isso de segunda a sexta, e às vezes de sábado também. Só tenho o domingo como garantia de sono contínuo. "Madrugada" é uma palavra ligada a "farra" e "boemia". Muita gente acha que só os guardas noturnos dão duro nesse horário. E quanto mais a atividade econômica se moderniza num grande centro como São Paulo, mais e mais pessoas vão trabalhar durante as madrugadas. 


Acho que todas elas concordam com minha palavra de ordem: "abaixo as reformas!"

Comentários

Postagens mais visitadas