Europa de Trem 2010 - Capítulo 6


Gotemburgo


Eu cheguei na noite do dia 21 de fevereiro a esta cidade com um objetivo básico: pisar em território sueco. Acrescentar mais um país e mais uma cidade ao guia. Saí da Centralstation e um imigrante sírio me apontou a direção a seguir. Bastou atravessar uma avenida (a Drottningtorget) e uma rua (a Nils Ericsonsgatan) e eu estava na recepção do Grand Opera. É um hotel simples, mas amplo. E meu quarto era muito pequeno. Tipo difícil de trocar de roupa. (Eu dormiria num quarto menor ainda, quase um armário, na cidade seguinte).



Levei um mapa com uma série de restaurantes vegetarianos de Gotemburgo. mas o frio estava paralisante. A neve, densa. Deixei as malas, cruzei de novo a rua, atravessei a avenida e voltei à estação ferroviária. Ali tem uma praça de alimentação e serviços que fazem da Centralstation um agito permanente. Jantei, tomei café, admirei à distância a beleza das mulheres suecas. Voltei para o hotel e fiquei assistindo qualquer coisa que estivesse passando nos canais de TV até pegar no sono.



Acordei e tive algumas poucas horas na manhã de Gotemburgo. Andei alguns quarteirões, conheci um shopping, onde tentei comprar mais um agasalho, mas as lojas estavam todas fechadas. Só quando voltei ao Brasil eu pude checar na foto o quanto minha cara ficou distorcida e inchada com o frio de 15 negativos:


A lembrança que ficou daquelas poucas horas em Gotemburgo foram os muitos bondes brancos e azuis cruzando as avenidas o tempo todo. Lembrei que São Paulo também teve uma grande rede de bondes e que eu cheguei a andar neles no início da minha infância. Como fizemos com os trens, destruímos nossos bondes. Hoje eles estão modernizados e presentes em todas as grandes cidades européias. Perdemos mais essa.

 

Na hora do almoço, fiz o check-out no Grand Opera, e voltei ao Centralstation. Me esperava o trem prateado da estatal sueca SJ. Ele era lindo. E cheio de problemas.



Fotos (c) Dagomir Marquezi 2010
O autor viajou a serviço do Guia Europa de Trem, da editora Abril. Apoio: Bergamo Turismo e Eurailpass

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