Espero que os russos também amem seus filhos

 


Sting escreveu "Russians" em 1984. O mundo vivia uma onda de tensão por causa da corrida armamentista, com ameaças de ataque nuclear de lado a lado. A letra é de Sting, a música do compositor Sergei Prokofiev. Não é das minhas favoritas, mas o refrão é muito marcante: “I hope the Russians love their children too.” Eu espero que os russos também amem seus filhos.

Essa frase virou agora um fiapo de esperança, no momento em que o atual tirano russo ameaça destruir o mundo como se ameaça quebrar uma garrafa. Russos são sinônimo de brutalidade desde o tempo dos czares, passando pela ditadura comunista. Aconteceu um breve intervalo na década de 1990, quando pareceu que a Rússia se tornaria um país normal, integrado à Europa, com democracia e livre mercado.

Mas o século 21 trouxe esse perturbado chamado Putin ao comando do maior arsenal nuclear da Terra, e ele confirma todas as piores ideias que temos sobre a Rússia - um país brutal, destinado a espalhar medo, incapaz de assimilar diferenças, aferrado a um nacionalismo primitivo e enlouquecido. Não me esqueço que antes de matar ucranianos, Putin mandava prender, torturar e matar os próprios russos que desejavam liberdade.

É triste como "russo" virou sinônimo de gangsterismo, de violência descontrolada, de corrupção e desprezo pela vida. Espero que esse povo sofrido e extorquido por seus dirigentes consiga dar um jeito no país em que vive, antes que seja tarde demais. E também espero que os russos amem seus filhos.



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