Duas ilustrações e um preconceito
Essa ilustração acima - não conheço o autor - eu peguei num post do Facebook. Duas mães, dois filhos. Um garoto lê um livro, o outro está com o celular na mão. Suas respectivas mães tão seguram um livro e um celular respectivamente. A mãe com o celular pergunta: "Como você faz para seu livro gostar de ler livros?"
A ilustração é o retrato do preconceito e do atraso. Eu sei perfeitamente que a grande maioria das pessoas que usam o celular estão jogando um game ou se comunicando por algum aplicativo. Mas a "piada" coloca a culpa da diferença entre os dois no objeto que seguram.
Eu leio meus livros pelo celular. "Ah, mas é incômodo! Não tem o cheirinho do papel! Não tem a textura das páginas!". Repetindo: eu leio meus livros pelo celular. Não estou à procura de cheiro ou textura. Quero conteúdo a preço baixo e o conforto de transportar uma biblioteca inteira no bolso. E se esse menino sentado à esquerda estiver lendo um livro no seu smartfone?
A ilustração é o retrato do preconceito e do atraso. Eu sei perfeitamente que a grande maioria das pessoas que usam o celular estão jogando um game ou se comunicando por algum aplicativo. Mas a "piada" coloca a culpa da diferença entre os dois no objeto que seguram.
Eu leio meus livros pelo celular. "Ah, mas é incômodo! Não tem o cheirinho do papel! Não tem a textura das páginas!". Repetindo: eu leio meus livros pelo celular. Não estou à procura de cheiro ou textura. Quero conteúdo a preço baixo e o conforto de transportar uma biblioteca inteira no bolso. E se esse menino sentado à esquerda estiver lendo um livro no seu smartfone?
A segunda ilustração mostra um projeto para um leitor de livros onde um "filme em miniatura carrega fotografias das páginas do livro". As fotografias são ampliadas numa tela. Um botão muda as páginas, mudando a fotografia. O leitor está numa posição confortável. Não precisa de óculos. Ele está assimilando o mesmo conteúdo a que teria acesso se o livro fosse de papel.
A segunda ilustração é de 1935. Passa uma ideia de evolução e progresso. E já tem 84 anos.
Comentários